sábado, 6 de março de 2010

Preconceito, clichê e anti-clichê.

O preconceito é, sem dúvidas, um dos assuntos mais clichês da atualidade. Nunca se ouviu tanto falar sobre preconceito. Mas, afinal, o que seria preconceito? Preconceito seria, segundo o dicionário, um conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. Pré + conceito.
Ainda mais clichê é a discussão sobre os preconceitos discriminatórios. Racial, social, sexual... Na verdade, esses seriam os preconceitos menos comuns na sociedade. Presencia-se o preconceito a toda hora, em todos os lugares, independente de classe social.
Mas, fugindo do clichê, quem não tem preconceito? Seria incoerente assumir isso. Seria até falacioso, dizer que nós, humanos, não agimos por instintos, muitas vezes, e negamos coisas apenas pela suposição de que essas coisas não nos interessam.
Deixar de ouvir uma música apenas por ser estrangeira. Negar uma comida que não atrai visualmente. Dizer que não gosta de tais tipos de filmes ou livros... O preconceito nos salva... nos mantém distantes de coisas que podem parecer perigosas. Ao mesmo tempo, nos distancia do desconhecido, das pessoas, da cultura, do mundo. A humanidade foge do mundo, do diferente, indiretamente caminha para o isolamento. Só se ouve falar sobre rotina, mas quem quer ser diferente? Quem quer fazer algo diferente?
O mundo - dos humanos - é diversidade. O Homo sapiens tem a capacidade de pensar, de se diferenciar, de agir através da razão. E o preconceito é a ação instintiva, regressiva.
Mas é inevitável. Pensamentos esteriotipados fazem parte da personalidade humana dúbia. Quem não associa povos a seus costumes como se não houvese exceções; como se as sociedades fossem completamente homogêneas? Supomos, às vezes, ser isso um pensamento crítico. Mas a criticidade só é possível depois do conhecimento.
E quando o metafísico entra no meio? E quando não se demonstra nenhum tipo de autenticidade? Quando o pensamento em massa supera a capacidade da formação de uma opinião própria e a religião se mostra apenas como controladora de massas, fazendo os homens agirem por instinto?
Assumir os preconceitos e tentar mudar é uma atitude racional, inteligente, humana. Mas acabar com todos? Impossível... pelo menos, tente acabar com os idiotas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo. Cada um com seus preconceitos!
Porém, entretanto, todavida, massss...
não podemos alimentar alguns, senão o mundo vai ao caos. Assumir um preconceito é o primeiro passo para a mudança.

CelasVic†oria disse...

De fato o contato com o novo e diferente nos faz ter essa reação de rejeitar, resultando ao preconceito.
Tentar eliminar gradativamente eles é o mais importante e difícil passo à ser dado, o nivel de dificuldade e de como esse preconceito vai ser eliminado vai de acordo com cada um.

Um excelente texto, se você o colocasse numa redação de vestibular iria tirar uma excelente nota!

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