Sempre achei necessária a profissão de economista de "laços". Assim ele já calcularia tudo aquilo que nós perderiamos antes mesmo de nos arriscarmos numa amizade ou qualquer outro tipo de relacionamento. Tenho quase certeza de que ele aconselharia a "não confiar" pra não por tudo a perdear, então tlvez não desse certo. Dizem os fidelíssimos amigos, afinal, que a confiança é tudo numa amizade.
Não me refiro ao material. Refiro a tudo aquilo que até te pôs numa sensação de paraíso prévio ou te ruborizou... aquilo que fez você pensar por um momento que a vida vale a pena. Tudo isso parte, independente das palavras que foram mencionadas antes de qualquer insignificância que faça com que isso parta.
Daí em diante só laconismo e inconcisão. É um silêncio que na maioria das vezes faz com que um mortal desprezível escreva coisas dignas de dó como esta.
É tudo parte de um ciclo de um mundo penoso coloznizado por seres supostamente inteligentes, mas a vida continua, ou talvez não.
Mas tornando ao economista de "laços" a certeza é de que ele aconselharia a amar-te mais do que a qualquer outra pessoa.
quinta-feira, 3 de março de 2011
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Quem?
Quem sou eu, afinal?
Não é meu nome ou o que faço da vida. Não é o lugar onde moro ou as coisas que gosto. É simplesmente quem sou.
Minha essência, portanto. Meu inexplicável eu. Criptograma que por anos venho tentando decifrar.
Poderia ser algo simples, inerte no tempo. Mas quanto mais tempo se passa, mais complexo vai ficando. Cada vez mais cifras, mais códigos.
Essas coisas de sentimentos que os humanos criaram, sabe? Pensei ser de Marte, ou algum híbrido e descobri que sou um balde de tudo isso que chamam de sentimentos - coisas que só complicam a descoberta do meu eu.
Nem mesmo sei se vou morrer porque nunca me provaram isso. Sei que se morrer, tudo isso se vai para meu túmulo e nada mais poderá ser descoberto por mim.
Então... por que vivo tentando descobrir quem sou se nunca descobrirei? Estarei satisfeito sendo um pouco de todos aqueles que me cativam. Eles merecem o meu tempo mais do que merecem-no minhas dúvidas.
Não é meu nome ou o que faço da vida. Não é o lugar onde moro ou as coisas que gosto. É simplesmente quem sou.
Minha essência, portanto. Meu inexplicável eu. Criptograma que por anos venho tentando decifrar.
Poderia ser algo simples, inerte no tempo. Mas quanto mais tempo se passa, mais complexo vai ficando. Cada vez mais cifras, mais códigos.
Essas coisas de sentimentos que os humanos criaram, sabe? Pensei ser de Marte, ou algum híbrido e descobri que sou um balde de tudo isso que chamam de sentimentos - coisas que só complicam a descoberta do meu eu.
Nem mesmo sei se vou morrer porque nunca me provaram isso. Sei que se morrer, tudo isso se vai para meu túmulo e nada mais poderá ser descoberto por mim.
Então... por que vivo tentando descobrir quem sou se nunca descobrirei? Estarei satisfeito sendo um pouco de todos aqueles que me cativam. Eles merecem o meu tempo mais do que merecem-no minhas dúvidas.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Defeito para os demais e qualidade só para mim
Como eu sou idiota...
É. Faço coisas sem pensar... vou além do desejo pessoal. Minhas atitudes são infantis e talvez felizes demais para o mundo de hoje.
Se eu falo, tanto faz, porque credibilidade, a mim, não pertence mais. E talvez isso tudo seja irreversível.
Mas vamos tomar as leis como exemplo e me dar o direito de resposta, sim?
Sou idiota, assumo. Mas é porque antes de viver para outros, eu vivo para mim mesmo.
É. Faço coisas sem pensar... vou além do desejo pessoal. Minhas atitudes são infantis e talvez felizes demais para o mundo de hoje.
Se eu falo, tanto faz, porque credibilidade, a mim, não pertence mais. E talvez isso tudo seja irreversível.
Mas vamos tomar as leis como exemplo e me dar o direito de resposta, sim?
Sou idiota, assumo. Mas é porque antes de viver para outros, eu vivo para mim mesmo.
domingo, 30 de maio de 2010
Enfadonho e trivial
Cansa ouvir, só ouvir. E por isso falo. Falo muito, talvez mais do que deveria.
Dedicação também cansa. Porque quase nunca é recíproca.
Ser cansa, mas não ser cansa ainda mais. Quer dizer... o que você é e qual é a sua utilidade? Hoje, é questão de utilidade. Você pode ser útil para a realização de uma pessoa, para o entretenimento de outra, ou pode ser inútil. Ser inútil, cansa. E saber que é apenas útil cansa ainda mais.
Receber críticas cansa muito, mas compensa se você souber que isso é para o seu bem. Saber que é criticado para satisfação de outrem é que realmente cansa.
Aconselhar cansa, cansa muito, mas é bom... aconselhar as paredes consegue cansar ainda mais.
Cansa falar — mal — dos outros. Mas de você já falaram tanto... então sinta-se exausto, vale a pena, agora. Não vale a pena se não for merecido, então faça merecer, canse.
—E por que queres minha companhia? — perguntei.
—Porque você ME faz bem. — você me respondeu.
—E no que me faz bem tu pensas? — Foi uma resposta merecida, e que eu nunca achei que daria. Mas se não desse, acho que estaria ainda mais cansado.
É por isso que me sinto fatigado, enfadonho...
Sei que são só palavras para você. E adivinha só? Saber disso cansa.
Dedicação também cansa. Porque quase nunca é recíproca.
Ser cansa, mas não ser cansa ainda mais. Quer dizer... o que você é e qual é a sua utilidade? Hoje, é questão de utilidade. Você pode ser útil para a realização de uma pessoa, para o entretenimento de outra, ou pode ser inútil. Ser inútil, cansa. E saber que é apenas útil cansa ainda mais.
Receber críticas cansa muito, mas compensa se você souber que isso é para o seu bem. Saber que é criticado para satisfação de outrem é que realmente cansa.
Aconselhar cansa, cansa muito, mas é bom... aconselhar as paredes consegue cansar ainda mais.
Cansa falar — mal — dos outros. Mas de você já falaram tanto... então sinta-se exausto, vale a pena, agora. Não vale a pena se não for merecido, então faça merecer, canse.
—E por que queres minha companhia? — perguntei.
—Porque você ME faz bem. — você me respondeu.
—E no que me faz bem tu pensas? — Foi uma resposta merecida, e que eu nunca achei que daria. Mas se não desse, acho que estaria ainda mais cansado.
É por isso que me sinto fatigado, enfadonho...
Sei que são só palavras para você. E adivinha só? Saber disso cansa.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Metamorfo
Não digo e não direi mais.
Nego-me a reafirmar que sou algo, ainda mais algo imutável.
Durante toda a vida, crendo que tivesse tal personalidade, e "tadah"... quem sou eu, afinal? Não sou nada. E tu também... tu não és nada.
Nós somos sensíveis à mutação, só isso.
Achamos que nunca seremos; mas seremos, somos. A certeza não moldou a nossa personalidade, e por isso sou grato a ela. Talvez suponhas que não sou homem o suficiente para cumprir com o que digo; e é fato, não consigo enganar a mim mesmo.
Cabe a nós apenas tentar não ceder tão fácil à essa mutação. Porque não sou como a Hidra de Lerna, tenho apenas uma face apta a mudanças.
A minha variação não altera apenas a minha vida.
Nego-me a reafirmar que sou algo, ainda mais algo imutável.
Durante toda a vida, crendo que tivesse tal personalidade, e "tadah"... quem sou eu, afinal? Não sou nada. E tu também... tu não és nada.
Nós somos sensíveis à mutação, só isso.
Achamos que nunca seremos; mas seremos, somos. A certeza não moldou a nossa personalidade, e por isso sou grato a ela. Talvez suponhas que não sou homem o suficiente para cumprir com o que digo; e é fato, não consigo enganar a mim mesmo.
Cabe a nós apenas tentar não ceder tão fácil à essa mutação. Porque não sou como a Hidra de Lerna, tenho apenas uma face apta a mudanças.
A minha variação não altera apenas a minha vida.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
A aprendiz de frustrações
Ela podia afirmar tudo, menos que não aprendeu.
Sofreu e com isso aprendeu. Aprendeu coisas que já serviram; coisas que servem; coisas que servirão. Aprendeu sobre a matemática, sobre a química, sobre a gramática, sobre a física. Ela aprendeu a respeitar.
Percebeu que a vida não anda conforme seus planos; e que a beleza exterior engana.
Sentiu. Ela sentiu na pele o que é perder alguém para a morte. E sentiu o que as pessoas não costumam sentir: isso ela não soube definir com palavras.
Era iminente: estava prestes a sofrer de novo. Mas aprenderia ainda mais, por isso não teve qualquer medo.
E em um desses dias rotineiros, pensou em algo que havia descoberto: desbobriu que não se faz promessas ao infinito. Poderia errar durante toda a vida, mas as promessas nunca lhe voltariam à boca.
Sofreu e com isso aprendeu. Aprendeu coisas que já serviram; coisas que servem; coisas que servirão. Aprendeu sobre a matemática, sobre a química, sobre a gramática, sobre a física. Ela aprendeu a respeitar.
Percebeu que a vida não anda conforme seus planos; e que a beleza exterior engana.
Sentiu. Ela sentiu na pele o que é perder alguém para a morte. E sentiu o que as pessoas não costumam sentir: isso ela não soube definir com palavras.
Era iminente: estava prestes a sofrer de novo. Mas aprenderia ainda mais, por isso não teve qualquer medo.
E em um desses dias rotineiros, pensou em algo que havia descoberto: desbobriu que não se faz promessas ao infinito. Poderia errar durante toda a vida, mas as promessas nunca lhe voltariam à boca.
domingo, 18 de abril de 2010
Não se encarregou de cuidar do futuro
É porque nunca gostara muito de beijos. Sempre preferiu estar ali, compartilhando o momento, sentindo a mão suave, com aquela cabeça sobre seu colo. Falava da vida e das coisas que fazem dela a vida.
Mas se quer saber mesmo, nunca conseguiu acreditar completamente nas pessoas. Porque são corrompíveis em sua maioria. Porque por pessoas já foi enganado. Porque recebeu desprezo em troca de belos sentimentos, que agora supõe-nos que sente.
Apesar disso, nunca conseguiu traduzir a palavra amor, sempre nela acreditando francamente. Sempre esperou, porque o tempo se demonstra tão sábio, com toda a sua idade, embora muito compassivo por não ter acabado com essa podre humanidade - aquela humanindade a qual ele já perdeu quase toda a fé.
E se aquilo é pecado, que peque, que morra. Nunca achou muito lógico que as pessoas tivessem tanta vontade de acabar com a felicidade alheia. E é por isso que estava ali, sentindo aquela delicada mão na sua. O futuro? Ah, isso ele deixou como responsabilidade do Sr. Tempo, tão sábio.
Mas se quer saber mesmo, nunca conseguiu acreditar completamente nas pessoas. Porque são corrompíveis em sua maioria. Porque por pessoas já foi enganado. Porque recebeu desprezo em troca de belos sentimentos, que agora supõe-nos que sente.
Apesar disso, nunca conseguiu traduzir a palavra amor, sempre nela acreditando francamente. Sempre esperou, porque o tempo se demonstra tão sábio, com toda a sua idade, embora muito compassivo por não ter acabado com essa podre humanidade - aquela humanindade a qual ele já perdeu quase toda a fé.
E se aquilo é pecado, que peque, que morra. Nunca achou muito lógico que as pessoas tivessem tanta vontade de acabar com a felicidade alheia. E é por isso que estava ali, sentindo aquela delicada mão na sua. O futuro? Ah, isso ele deixou como responsabilidade do Sr. Tempo, tão sábio.
Assinar:
Postagens (Atom)