sexta-feira, 19 de março de 2010

O assalto, a memória e os salgados da cantina.

Um dia desses, este que vos fala estava indo ao colégio. Manhã, pouco movimento... e como o colégio fica a cinco quarteirões, seria até incoerente ir de ônibus. Fui andando mesmo.
Quando faltava pouco menos de um quarteirão, a 10 metros vi um homem estranho. Ele me olhava de longe e ia em minha direção. Tentei dar um paso para o lado para ver se ele ia para o lado oposto, para que não nos esbarrassemos. Mas ele coincidentemente - ou nem tanto - ia para o mesmo lado que eu.
Sabe aquelas cenas de filme que o tempo passa bem devagar e você consegue pensar em tudo muito rápido? Acredite. Isso realmente acontece. Pensei em todas as possibilidades e conclui que ele iria me assaltar — depois de seis vezes assaltado, digamos que eu tenha um tanto de experiência. Infelizmente eu acertei.
—Passa o celular.
Corri. Sabia que ele não tinha arma e nem condição física para me enfrentar.
E ele? Nenhum esforço. Atravessou a avenida gritando ofensas para mim.

Algumas semanas, desde então, se passaram. E hoje, pouco mais cedo, quando sai do colégio, à tarde, conversando com Alice observei alguém familiar indo em nossa direção sorrateiramente, na parada de ônibus.
Tentei lembrar quem seria a figura e me dei conta de que era o meu amiguinho do começo da história que "pediu" meu celular — e que não recebeu.
Ele olhava para mim como se lembrasse das minhas feições, mas não poderia nos assaltar ali... seria idiota da parte dele. Tinha muita gente.
Olhei para Alice e perdi totalmente o foco da conversa. Tentei telepatia, mas ela não conseguiu ouvir os meus pensamentos.
—Alice, vamo pra lá — disse sussurando e apontei para um local mais afastado — O cara que me assaltou tá atrás de você.
Ela ficou pálida e me acompanhou.

Na hora foi meio tenso, mas quando entramos no ônibus — é, fui de ônibus depois disso — rimos horrores. Afinal, quando formos formados e famosos, teremos que nos lembrar dessa situação. E eu vou ter o maior prazer de detalhar tudo a Jô — lembrando, claro, que estava com Alice.

Nota1: Os salgados da cantina do colégio têm maconha, só pode. Sempre gargalho horrores depois de comer. Foi o que comemos antes desse memorável acontecimento.

Nota2: Provavelmente só ela, Alice, irá entender esse final, mas ok.

Nota3: Você deve estar imaginando o que tem a ver o título com o post. Hm... eu me assusto com minha memória às vezes. Não é a primeira vez que lembro de rostos aleatórios. O bom é que essas lembranças resultam em boas risadas.

2 comentários:

Alice Mesquita disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acho que os salgados da cantina ainda tão fazendo efeito hahaahha
ri lendo o que já tinha acontecido D= comofas? hshsuhsuhsuhsu ficoou óoótemooo!

CelasVic†oria disse...

Bem, eu nunca fui assaltada; mas sinto cheiro de assaltantes em quilômetros de distancia.
Acho q eu na sua situação entraria em qualquer estabelecimento movimentado ,ou em qualquer ônibus para qualquer lugar.

Enfim, mais cuidado da próxima vez moço!

;**